quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

TOCOU-ME O SENHOR

Mercedes Pordeus



Eu estava contemplando absorta a natureza
Perguntei a Jesus, porque é a paz incerteza?
Na minha aflição, não percebi sua grandeza
Tocou-me Jesus, com amor, carinho, leveza.

E com sensações inexprimíveis senti o Senhor
Senti sua presença com alegria, e o Seu amor
E Ele me disse: - Filha afasta de ti o dissabor
Tocou-me o Senhor, e a Ele rendi meu louvor.

Já não andava mais absorta, a Ele louvava
Caminhava, e o Senhor ao meu lado estava
Sentia a paz, e ela aos poucos me tomava
Já não implorava seu toque, Ele me amava.

Hoje eu sei que ao meu lado Jesus sempre esteve
Paz interior era condição para banir aquela aflição
Busquei assim a PAZ, e com ela aprendi uma lição
Tocou-me mais uma vez Jesus... E senti a atração.

Hoje eu sei que não precisava ter andado sem rumo
Olhar o horizonte, e me sentir um barco sem prumo
Esteve o Senhor sempre me livrando do mal terreno
Hoje eu tenho certeza, tocou-me o Senhor Supremo.

Jesus, Senhor bendito, sei que me dispensa o seu favor
E que fui achada por sua Onipotência, meu Pai e Senhor
Sua companhia sempre me apraz, pelo seu infinito amor
Unguento para minha alma aflita mostrou-me meu valor
Sempre o meu caminho a seguir com coragem, sem torpor.



sábado, 25 de fevereiro de 2012

TERRA...NOSSA MÃE


















Mercêdes Pordeus
Recife/Brasil

A terra é a nossa maior riqueza
Ela nos acolhe e concede seu espaço
Recolhe-nos como mãe no seu regaço
No seu invólucro contêm a natureza.

Preservar é preciso, sim é preciso.
Na desolação não abstrai o sobreaviso
O planeta clama por consciência
O homem o destrói em nome da ciência.

A terra não é apenas nosso habitat
Sua importância vai muito além
Do que o homem acha que lhe convém
Espalhando sobre ela e os filhos o terror.

Pobre homem! Não pensa nos seus filhos...
Que meio ambiente lhes deixará como herança?
Egoísta! Só pensa no dinheiro. E a esperança?
Reserva-lhes uma jornada por entre abrolhos. 

O ser humano age com sua ganância
Pensando ser o deus de toda vastidão
Alimenta com ânsia e sede sua ignorância
Não O reconhece nem lhe rende gratidão.

Gratuitamente Ele nos nomeou seus mordomos
Quando ao mundo e sonhos dissermos adeus
O que será da nossa descendência?
Sem merecer vislumbrará a decadência.

Terra mãe que nos recebe e acarinha
Natureza! O que fizeram da sua beleza?
Com as mesmas mãos que nos acarinhou
Hoje enxuga a lágrima que da face rolou.

Quando?
O homem perceberá sua autodestruição.
Até quando?
Ele resistirá provocando a degradação.

 6°lugar no IV° Concurso POESIARTE. 
- Pseudônimo: Sonho.
- Poema: “Terra...Nossa Mãe” 

http://concursopoesiarte.blogspot.com/2010/06/6lugar-no-iv-concurso-poesiarte.html

ENCONTRO POÉTICO

Mercedes Pordeus

Recife/Brasil

Menção Honrosa no V CONCURSO DE POESIA "POESIARTE"


Recebi uma visita de duas personagens bem interessantes
Uma dizia se chamar Poesia e se aproximou toda faceira,
Enquanto a outra, mais introspectiva me dizia: sou a Arte.
Permaneceram diante de mim tentando se autodefinirem.


A Poesia saltitante dizia ser uma grande gama de sentimentos
Que ao ser humano poderia ser concedida experimentar
E dizia ainda estar implícita nos poemas que a expressavam
E que por isso mesmo, imaterial... Só os sentimentos!


A Arte? Ah! Ela chegou tão calma, parecia compenetrada.
Trazendo consigo a criação, a estética e todas as vivências,
Materializadas no seu contexto, porém fez uma observação:
Também sou sentimentos, sou cor, alegria, sou a renovação.


Ficaram as duas ali, algum tempo pensando na fusão,
Como que querendo se completarem e se dar as mãos
E nesse ínterim, descreviam entre si suas características,
Não como concorrentes, com o dom da POESIA e ARTE.


Passaram a discorrer nas situações em que sempre ligadas
Puderam se encontrar escondidas na obra prima da criação
Ao observarem a natureza e o canto dos pássaros admiradas
Ali estavam nas pinceladas do Criador e beleza da criatura.

Adiante encontraram duas crianças que brincavam tranquilas,
Uma modelava no barro uma imagem com estética própria
A outra, de repente transparece de forma poética explícita,
Com seus sentimentos o que percebia na forma que se erigia.


Continuaram a caminhada e encontraram pensativo um pintor
Com seu pincel, tinta e tela expressava aquilo que lhe era nato.
Simultaneamente alguém descrevia com minúcias de detalhes
A obra de arte que tomava forma e se desnudava aos seus olhos.


Da forma que o papel recebia palavra por palavra numa intensa emoção
A Arte se esvaziava de seus preceitos e se demonstrava no seu intimo
Na sua capacidade de criar e expressar as suas heranças e sensações
Então perceberam que estavam uma ligada à outra: a POESIARTE.


 5°lugar no V° Concurso  POESIARTE.
Pseudônimo: Flor de Lis
http://concursopoesiarte.blogspot.com/2011/07/5lugar-no-v-concurso-poesiarte.html